quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Há boa Rádio em Portugal (II)
















Segue-se uma selecção de programas de autor na Rádio.
Com periodicidade diária ou semanal, ocupando uma ou mais horas de emissão, ou apenas alguns minutos, em forma de crónica.

Os melhores programas de Rádio em Portugal durante o ano 2011:

Antena1:
A Menina Dança – José Duarte
Cinco Minutos de Jazz – José Duarte
Em Nome do Ouvinte – Mário Figueiredo (Provedor da Rádio Pública)
Paixões Cruzadas – António Cartaxo e António Macedo
A Ilha dos Tesouros – Júlio Isidro

Antena2:
Em Sintonia – António Cartaxo
De Olhos Bem Abertos – António Cartaxo
Questões de Moral – Joel Costa
Música Aeterna – João Chambers
Matrízes – Rui Vieira Nery
Argonauta – Jorge Carnaxide
Jazz a 2 – João Almeida e Alexandra Corvela
A propósito da Música – Alexandre Delgado

Antena3:
Prova Oral – Fernando Alvim
Música Enrolada – Família Fazuma (colectivo de realizadores)

TSF:
Tubo de Ensaio – Bruno Nogueira e João Quadros
No Fim da Rua – Nuno Amaral
Reportagem (vários autores)

RADAR:
Álbum de Família – Tiago Castro
Vidro Azul – Ricardo Mariano
Em Transe – Ricardo Mariano e Ricardo Carvalho
Discos Voadores – Nuno Galopim

Certamente que existem mais programas de autor que poderiam fazer parte desta selecção, mas não posso pronunciar-me sobre o que não ouvi e não conheço.

Segunda de quatro partes de artigo publicado na «Rádio Crítica» no passado dia 31 de Dezembro 2011
Texto integral aqui

---------------------------------------------------------------------------------------------------------
O que eles dizem (77):

Com acesso a fontes muito mais diversificadas e dispondo de tecnologias que deviam acentuar as suas virtudes, a rádio teria de ser hoje mais forte, mais interventiva, mais influente. Não o é. A rádio é, hoje, e sobretudo no plano informativo, pouco profunda, pouco pensada, muito passiva, pouco criativa e, parece-me, muito acomodada à realidade envolvente e ao ambiente político prevalecente. É uma rádio que cumpre a agenda que existe, incapaz de produzir a sua própria agenda e de ser capaz de ir mais para lá da espuma dos acontecimentos.
(...)
Este é um tempo riquíssimo para a informação, porque as situações são complexas, a economia impõe-se à política, a democracia vai-se esbatendo, as pessoas são enganadas, o que se diz em campanha não se realiza no poder e, no entanto, a rádio prossegue sem questionar nada, nem ninguém, nem debater a submissão da política à economia… E todos os indícios apontam para uma passividade maior, para um esgotamento da liberdade, da ousadia, do jornalismo como o entendíamos…

David Borges
(ex-RDP; ex-TSF)
In: Diário de Notícias
Segunda-feira (13.Fevereiro.2012)



<< Home