Rádio Crítica

A ex-Rádio Capital, este ano rebaptizada e transformada em Rádio Sudoeste FM (SWTMN), é o canal de radiodifusão directamente relacionado com o maior festival musical de Verão que se realiza em Portugal.
A transformação radiofónica aconteceu em Março, em resposta à Vodafone FM que também entrou no mundo da Rádio através do universo da Média Capital Rádios. Em Janeiro também deste ano foi a vez do então canal Romântica dar vez à primeira estação de radiodifusão portuguesa associada a uma operadora de telefone móvel.
Na competição meramente radiofónica entre as duas empresas telefónicas – tanto uma como outra são claramente dirigidas a um público jovem – a Sudoeste FM ganha em toda a linha: apresentadores, repórteres, música, dinâmica de antena e produto final.
Neste primeiro ano de coexistência entre o Festival Sudoeste [a primeira edição foi em 1997] e a rádio SWTMN é de esperar que as transmissões do evento sejam um exclusivo da mais recente aposta do grupo Lusocanal.
Faria (ou fará) todo o sentido que assim seja. Nos anos anteriores partes do festival na Herdade da Casa Branca – perto de São Teotónio e não da Zambujeira do Mar, como tanto se apregoa – foram, numa fase inicial, transmitidas pela Rádio Comercial e posteriormente, há já vários anos, pela Antena3.
Na distância de mero ouvinte, estou curioso para escutar este ano. Teremos partes do Festival Sudoeste transmitidos pela SWTMN ou pela Antena3? Ou por ambas?
Nos dois casos as estações dispõem de profissionais à altura dos acontecimentos, mas há diferenças. A SWTMN tem alguma gente novata e apenas transmite em FM para Lisboa e Porto. Aqui o recurso à emissão online pode não ser uma mais valia, uma vez que não seria inédita a proibição de algumas transmissões via WEB.
A Antena3 dispõe de cobertura a nível nacional e é já uma veterana nestas andanças festivaleiras.
A próxima edição do Festival Sudoeste será entre os dias 3 e 7 de Agosto.










Ontem, hoje e amanhã
Por estes dias decorre o Festival Super Rock (17ª edição; dias 14, 15 e16 deste mês) na Herdade do Cabeço da Flauta – e não no Meco como também tanto se apregoa – e a Antena3 é a estação que detém o exclusivo da licença de transmissão de partes dos concertos. A emissão especial começa às 19:00 e vai até ao início da madrugada. Boa equipa e bons directos.
No primeiro dia (ontem), a emissão especial terminou por volta da 01:30 da manhã (de hoje).

Os bois e os nomes
Nos dias antecedentes ao Festival Super Rock 2011 foi falando-se do evento referindo a marca de cerveja patrocinadora. Um erro de interpretação por parte de jornalistas (essencialmente estes) levou e leva a que se esteja repetidamente a fazer publicidade gratuita sem se aperceberem disso. Estão-se a ignorar as diferenças. O Festival Super Bock Super Rock na verdade chama-se Super Rock sendo a marca de cerveja Super Bock o patrocinador oficial que, em termos de contrato com a entidade organizadora do referido festival, tem a marca do produto associada ao evento em causa. Assim como o Festival Alive está patrocinado pela marca Optimus e o Sudoeste patrocinado marca TMN. Uma coisa são os nomes dos festivais, outra coisa são os patrocinadores oficiais desses festivais. A junção das duas partes deixa mal os jornalistas que referem marcas comercias, descurando uma regra essencial do Código Deontológico da classe, e deixa mal quem não se encontra ao abrigo dessa regra, uma vez que está a publicitar gratuitamente. O chavão “passo a publicidade” não se aplica nestes casos, pelo que haverá no final desta incorrecção alguém a esfregar as mãos de contente por tão eficaz estratégia de Markting.
No primeiro dia de Festival Super-Rock, do que (muito pouco) pude ver e ouvir na Rádio e TV portuguesas, só encontrei dois profissionais que estiveram bem nesta questão. António Freitas na Antena3, que apenas utilizou as iniciais do evento SBSR, e Pedro Mourinho no Jornal da meia-noite na SIC-Notícias, referindo o acontecimento como Super Rock.
Outros ilustres profissionais de Rádio, Televisão e Imprensa não tiveram o mesmo cuidado.