sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Retratos da vida de um Lobo da Rádio

Calou-se a Voz 
Em destaque na revista BLITZ [Dezembro 2009; publicada hoje], um notável trabalho de Rui Miguel Abreu, de seis páginas e com várias fotografias, sobre o mais importante e influente radialista português dos últimos 30 anos.

retrovisor; pags 32 a 37:




















António Sérgio é o destaque do Retrovisor deste mês

Quatro décadas de rádio e a assinatura de programas que tiveram a capacidade de definir os tempos fizeram de ANTÓNIO SÉRGIO uma referência maior do panorama musical português. O homem do Som da Frente ou d' A Hora do Lobo desapareceu a 1 de Novembro, aos 59 anos. Rui Miguel Abreu falou com Ana Cristina Ferrão, mulher do radialista durante 30 anos, e juntos contam a história da vida do Mestre.

"Quando se abre o microfone, numa estação de rádio, não se tem, normalmente, ninguém pela frente - o auditório é invisível e isso é quase sempre ponto fulcral na hora de se tentar explicar a magia deste meio. Mas nem a invisibilidade contraria a certeza de que do outro lado há sempre uma multidão à escuta. Para António Sérgio, no entanto, bastava que uma só pessoa o escutasse para que aquilo que fazia valesse a pena. Cada pessoa que o ouviu ao longo das últimas décadas terá sentido pelo menos uma vez que Sérgio lhe falava ao ouvido, naquela voz grave e segura que revestia qualquer sugestão de uma improvável nobreza.

Ana Cristina Ferrão, sua mulher desde 1979, confirma esta ideia na hora de fazer o balanço de uma vida: 'Claro que ele tinha a noção de que estava a falar para muita gente, mas nunca ligou muito a isso. Penso que privilegiava mais a comunicação singular. Aliás, costumávamos brincar e dizer às vezes 'será que esta noite temos um ou dois ouvintes?'. E depois alguém telefonava a dizer que nos estava a ouvir e nós brincávamos: 'afinal já são três'. Eram muitos mais. Continuam a ser muitos mais.

Ler texto integral na revista BLITZ nº42 / Dezembro 2009.
+ editorial do Director Miguel Francisco Cadete e ilustração/caricatura de Rui Ricardo (pag. 4).



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