segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sábado à noite em Coimbra

Indie Songs Don’t Lie

A anteceder as duas actuações da noite, encontros e reencontros fraternos com irmãos de éter: Francisco Amaral, Ricardo Mariano e Pedro Esteves. Há mais vida para além do que nos foi retirado da alma e do coração. Antes, durante e depois do jantar, muito se falou de Rádio (ao contrário do debate da tarde que não tocou no assunto, apesar da presença de vários radialistas, quer na mesa, quer na assistência). As conversas sobre o momento actual da Rádio em Portugal vão sempre ter aos mesmos terrenos, porém terminam invariavelmente com uma forte convicção de que alguma coisa vai ter que acontecer. E não é só na Rádio!

















Magic Arm O britânico Mark Rigelsford é um one man show, multi-instrumentista, executando uma performance sincronizada com gravação e reprodução electrónica em tempo real. Uma ou outra falha mínima de somenos não estragou uma corajosa e solitária actuação em palco.












Ola Podrida Os nova iorquinos indie-folk – cabeça de cartaz – apresentaram-se com uma formação reduzida a dois elementos: David Wingo (vocalista/guitarrista) e o baterista Matthew Frank. Canções com estórias lá dentro. Ambos os projectos encontram-se em início de carreira.

O som estava óptimo, boa produção e o ambiente excelente. Atmosfera protótipo de futuros voos mais altos e expectativas de eventos semelhantes e alargados. É bom lembrar que, de facto, não existe ainda em Portugal um grande e verdadeiro festival de Música Independente e Alternativa. Talvez tenha estado aqui o lançamento da primeira pedra.
Indie Songs Don’t Lie foi um evento para gente sentada, contrariando a ideia feita – ou estereotipo – de que a "fauna" indie/alternativa se pauta por um comportamento extravagante e visual andrajoso ou decadente, acompanhado por uma mentalidade urbano-depressiva. Não e não! O puro espírito indie veste-se bem, simples e limpo, aprecia e busca a secreta beleza das coisas e cultiva uma mentalidade construtiva e optimista. Ou seja, sem ser elitista ou altaneira, a autenticidade indie tem, em doses q.b., classe e requinte.

-Parabéns à iniciativa organizada por Ricardo Mariano, Pedro Sousa, Carla Lopes e Sara Mendes.
-Ver extractos das actuações no Teatro Académico Gil Vicente no passado sábado à noite: Magic Arm e Ola Podrida.
-Dia 27, na RTP2, vai ser transmitida uma reportagem sobre este evento, no programa/magazine ESEC-TV (por volta da 01:15).



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