segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Coisas do Verão 2007 (10)













Edward Witten é o mais conhecido defensor e divulgador mundial da teoria das super-cordas. Este distinto cientista de Princeton é uma das únicas seis pessoas do mundo que compreendem por completo a teoria unificadora dos dois pilares independentes sobre a explicação do funcionamento do universo. A teoria das super-cordas tenta unificar as teorias da relatividade (de Albert Einstein) e a teoria da mecânica quântica (de Nils Bohr). A teoria das super-cordas é a mais avançada aproximação daquilo que se acostumou chamar de “Teoria Final”. Ninguém sabe se estamos perto ou longe, mas é indesmentível que nunca estivemos tão próximo (ainda que longe, muito longe) da solução explicativa e definitiva do funcionamento do universo.
Mais de mil páginas em fotocópias fizeram-me perder (perder ou ganhar?) horas e horas de sono ao longo deste verão. Noites em que via o sol a pôr-se e a nascer novamente sem que tivesse tirado os olhos duma interminável equação manuscrita e as mãos de um dicionário de significados físico-matemáticos. Um imenso exercício mental e tão fascinante que faz parecer insignificantes todos os nossos problemas terrenos.
Não serei certamente a sétima pessoa do mundo a compreender a teoria das super-cordas. Não tenho essa pretensão, mas só o facto de a ter começado a ler já produziu efeitos positivos. Entre eles uma mais alargada percepção do existencialismo. Mas não só. Desviou-me em definitivo da TV e pôs-me a ouvir mais música erudita (clássica e contemporânea). As únicas sonoridades compatíveis com este tipo de leitura.
E na Rádio? Até hoje não ouvi uma só palavra sobre esta revolucionária nova teoria. Talvez por ter perdido muito da sua magia, a Rádio agora não goste de mistérios nem queira desvendá-los.


















The Elegant Universe É um documentário de Brian Greene (com mais de três horas de duração) disponível na Internet. Fala sobre a teoria das super cordas e outros aspectos relacionados com o funcionamento do universo. A pergunta é sempre a mesma: Quem somos, de onde vimos e para onde vamos? A resposta a estas perguntas também é sempre a mesma, mas não deixa de ser interessante abordar as várias possibilidades.



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