segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

20 PERGUNTAS PARA 2007

Mais do que analisar, reflectir ou criticar, este espaço «Rádio Crítica» tem por vocação primeira levantar questões. Para já, são vinte perguntas que gostaria de ver respondidas, ao longo deste ano que agora dá os primeiros passos. Acho que algumas das respostas já as sei, mas acredito que haja alguém que as saiba melhor. Outras tantas nunca terão resposta, mas como perguntar não ofende…




01. Porque é que não acabam as “rádios” gira-discos vazias de vozes e de conteúdos?

02. Porque é que o programa «Ritornello», da Antena2, deixou de ter duas horas de emissão?

03. Porque é que o programa do Provedor da RDP não tem um horário mais favorável?

04. Porque é que o RCP não se assume claramente como sendo uma rádio informativa em vez de generalista?

05. E o que é uma rádio generalista?

06. Porque é que a TSF não fez o programa especial da revista do ano 2006 – com edição em CD – como fez, excelentemente, nos dois anos antecedentes?

07. Porque é que a RFM usa o slogan “Só grandes músicas” se a melhor música de todos os tempos é emitida pela Antena2?

08. Porque é que as redacções dos media continuam a “dar” impunemente estágios fantasma (não remunerados) a jovens licenciados só para obterem mão-de-obra de borla?

09. Porque é que continuam a existir tantos – demasiados – cursos superiores de Comunicação Social se o mercado está mais que saturado e não há empregos?

10. Porque é que os accionistas/administrações/proprietários dos órgãos de comunicação social não distribuem dividendos aos seus funcionários (chamam-lhes “colaboradores”) se estes contribuíram decisivamente para os lucros obtidos por essas empresas?

11. Porque é que não se redefine e clarifica de uma vez por todas a totalidade da chamada Lei da Rádio?

12. Alguém acredita no cumprimento das quotas de música portuguesa nas rádios?

13. Porque é que o jornalista Francisco Sena Santos não regressa à Rádio?

14. Porque é que o narrador desportivo Fernando Emílio não regressa à Rádio?

15. Alguém consegue dar credibilidade aos noticiários da Rádio Renascença, nomeadamente quando informa sobre o referendo ao aborto, sabendo-se que a estação católica é assumidamente contra o aborto?

16. Como é possível que uma rádio como a RFM – segundo as sondagens trimestrais da Marktest – seja a mais ouvida em Portugal?

17. E como é possível que a Rádio Renascença – segundo as sondagens trimestrais da Marktest – seja a segunda mais ouvida neste país?

18. Porque é que nos órgãos de comunicação social (incluindo a Rádio) se vive com um sistema interno, uma espécie de Apartheid, em que alguns dos que lá trabalham – façam o mal que fizerem – são sempre tratados com as mãos, e outros – façam o bem que fizerem – são sempre tratados com os pés?

19. Porque é que na rádio (não só na rádio) se ouve muitas vezes, por exemplo, isto: “Amanhã, previsão de nuvens a norte (…) e céu limpo a sul”. É linguagem habitual nas previsões meteorológicas para Portugal continental. Ora, a norte de Portugal continental está Espanha (Galiza); Golfo da Biscaia; Irlanda; parte da Escócia; Ilhas Faroé; Mar do Norte; Oceano Glaciar Árctico e o Pólo Norte. A previsão refere-se a qual destas regiões do planeta a norte de Portugal? A sul fica Marrocos e restante costa ocidental africana (hemisfério norte); Ilhas Ascensão, Santa Helena e Tristão da Cunha; Oceano Glaciar Antárctico e o Pólo Sul. A previsão do estado do tempo que se ouve na rádio refere-se a qual destas regiões do planeta a sul de Portugal?

20. Alguém responde? Porque é que ninguém responde?


Nota: Se alguns dos leitores/"ouvintes" da «Rádio Crítica» quiserem responder e, se para isso derem a devida autorização, serão publicados aqui os contributos recebidos através do e-mail: radiocritico@sapo.pt
Não serão publicadas mensagens anónimas.



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